Quando os EUA enviaram até porta-aviões para interferir na política brasileira
A história revela que intervenções dos Estados Unidos no Brasil não são novidade, com a operação Brother Sam em 1964 sendo um exemplo emblemático. A atual tarifa imposta por Trump evoca essa prática de ingerência, mas por métodos econômicos modernos.
Tarifaço de Trump ao Brasil: A medida é uma retaliação às ações do Judiciário contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e remete a intervenções históricas dos EUA na política brasileira.
Contexto Histórico: Em 1964, o governo dos EUA planejou a Operação Brother Sam, uma ação militar que poderia ter culminado em uma invasão durante o golpe que instaurou a ditadura militar.
A operação envolveu um grande aparato militar, incluindo porta-aviões e armas, mas foi desmontada com a confirmação de que a nova liderança militar não precisaria de apoio americano.
Motivações: Os EUA temiam a influência comunista no Brasil devido às políticas de João Goulart, apoiando assim os militares brasileiros como a única força capaz de deter essa suposta ameaça.
O planejamento intervencionista começou ainda no governo de John F. Kennedy e se intensificou com o embaixador Abraham Lincoln Gordon, que via Goulart como uma ameaça à segurança nacional.
Estratégia: Os EUA visavam garantir a formação de um governo "aliado" no Brasil, atento a mudanças que pudessem destabilizar sua influência na região.
O apoio logístico e político foi considerado mais eficaz que uma intervenção direta, a qual só ocorreria se houvesse uma clara indução comunista.
Comparações Contemporâneas: A ação de Trump e a Operação Brother Sam são vistas como tentativas de influenciar a política brasileira, refletindo o interesse estratégico dos EUA sobre o país.
Apesar das diferenças nas abordagens, o objetivo de controle sobre as decisões internas do Brasil permanece.
Conclusão: A história revela um padrão de ingerência dos EUA nas políticas brasileiras que persiste, agora, através de ferramentas econômicas e diplomáticas.