Quantas empresas pagavam propina a fiscais da Fazenda de SP? Veja o que a investigação já sabe
Operação Ícaro investiga esquema de corrupção com propina superior a R$ 1 bilhão envolvendo auditores fiscais no estado de São Paulo. Além de Roberto Bodini, o caso revela relações de conluio entre grandes empresas e membros da alta cúpula da Secretaria da Fazenda.
Empresários presos: Sidney Oliveira (Ultrafarma) e Mario Otávio Gomes (Fast Shop) foram detidos em operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) chamada Operação Ícaro, visando desarticular um esquema de corrupção com auditores fiscais.
Motivo da prisão: Prisões temporárias de até cinco dias decretadas pela Justiça. Investigação indica que auditores favoreciam empresas por vantagens tributárias.
Detidos adicionais: Artur Gomes da Silva Neto (supervisor da Sefaz-SP) e Marcelo de Almeida Gouveia também foram presos.
Propina milionária: Silva Neto manipulou processos e recebeu mais de R$ 1 bilhão em propina. O MPSP rastreou pagamentos pela empresa Smart Tax, registrada em nome de sua mãe.
Viagens a paraísos fiscais: Silva Neto fez várias viagens a Suíça, Emirados Árabes e Uruguai nos últimos anos, ligados ao esquema.
Ação criminosa: Fiscais ajudavam empresas a acelerar processos de ressarcimento de ICMS, com práticas fraudulentas.
Lavagem de dinheiro: E-mails indicam conluio com a Fast Shop. Investigação pode resultar em acusações de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Créditos acumulados: Estima-se que créditos de ICMS em SP variem de R$ 8 a 40 bilhões, com a investigação em andamento.
Mandados cumpridos: MPSP executou 19 mandados de busca, apreendendo mais de R$ 1 milhão, esmeraldas e criptomoedas. Outros investigados têm antecedentes criminais.
Outras empresas: Investigações se estendem a outras companhias, incluindo Kalunga e Grupo Nós, suspeitas de envolvimento no esquema.
Posições: Defesa de Oliveira não se manifestou; Ultrafarma e Fast Shop colaboram com autoridades.