HOME FEEDBACK

Quanto mais guerra às drogas, mais o narcotráfico lucra, diz ex-presidente da Colômbia

Juan Manuel Santos defende mudanças nas políticas sobre drogas e critica a falta de implementação do acordo de paz na Colômbia. Ele alerta sobre o crescente poder dos cartéis e a necessidade de colaboração regional para combater o crime organizado.

Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia (2010-2018) e vencedor do Nobel da Paz (2016), defende a descriminalização do consumo de drogas e o fim da guerra às drogas, que considera uma batalha perdida.

Recentemente, ele participou de eventos da Comissão Global sobre Políticas para as Drogas em Londres, seguindo a divulgação do relatório da ONU sobre o aumento na produção e consumo de drogas.

Santos enfatiza que a violência voltou à Colômbia devido à falta de implementação do aquela acordo de paz com as Farc, após seu mandato. Ele destaca que, atualmente, a questão central é a competição entre bandos criminosos e o controle territorial, motivado pelo lucro do tráfico de drogas.

Os cartéis colombianos e brasileiros, assim como os mexicanos, tornaram-se sophisticated e multinacionais, aumentando seu poder ao longo da América Latina.

Santos também critica a abordagem do governo colombiano, chamada de "Paz Total", que busca fazer paz com organizações criminosas sem um plano claro. Ele argumenta que o combate ao crime organizado e a colaboração entre países da América Latina são essenciais para enfrentar o problema.

Sobre a descriminalização, ele admite que o aumento da violência é frequentemente atribuído equivocadamente a isso. Em vez de um esquema de regulamentação adequado, a falta de eficácia do Estado no combate ao crime é o verdadeiro problema.

Santos ressalta que a guerra às drogas beneficia principalmente os cartéis, com a criminalização aumentando seus lucros. Para ele, a regulamentação é necessária para controlar o consumo e prevenir a expansão de drogas sintéticas prejudiciais.

Por último, ele discute a corrupção política associada ao financiamento de campanhas, defendendo um controle mais rigoroso para evitar a influência dos cartéis na política.

Leia mais em folha