Quase 60% dos itens de inflação estão acima do teto da meta perseguida pelo BC, diz Galípolo
Gabriel Galípolo destaca que a inflação no Brasil está elevada, com cerca de 60% dos itens acima do teto da meta de 4,5%. A autoridade monetária reitera seu compromisso em buscar a meta central de 3%, conforme estipulado por decreto.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou nesta quarta-feira (9) que a inflação oficial do Brasil está amplamente disseminada. Quase 60% dos itens estão acima do teto da meta.
Ele afirmou: "A inflação está bastante disseminada. Aproximadamente 45% dos índices estão em nível superior ao dobro da meta. Temos que acompanhar a meta: 3%.”
As declarações foram feitas em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
O Banco Central busca atingir a meta central de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O objetivo é considerado cumprido se oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).
Nesta quinta-feira (9), o IBGE divulgará o IPCA de junho, que pode descumprir a meta pela primeira vez. Nas cinco primeiras divulgações de 2025, o IPCA superou 4,5% no acumulado em 12 meses, atingindo 5,32% até maio.
A nova regra considera que a meta é descumprida quando a inflação acumulada em 12 meses está fora da tolerância por seis meses consecutivos.
Galípolo ressaltou aos parlamentares que o Banco Central não pode flexibilizar "qualquer tipo de comando legal". Ele enfatizou que a meta é obrigatória e não uma sugestão, destacando: "A banda da meta foi criada para absorver choques".