Quase 800 pessoas morreram desde 27 de maio enquanto buscavam ajuda em Gaza, diz ONU
ONU registra alarmante número de mortes na Faixa de Gaza enquanto diálogos por trégua avançam. Israel e Hamas estão em negociações para cessar-fogo, mas a situação humanitária continua crítica.
ONU informa que cerca de 800 pessoas morreram na Faixa de Gaza tentando obter ajuda humanitária desde o fim de maio.
Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, destacou que a maioria das mortes foi causada por balas, especialmente perto de postos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que iniciou distribuições alimentares após bloqueio de dois meses.
Entre 27 de maio e 7 de julho, foram registrados 798 mortos, dos quais 615 próximos às instalações da GHF.
De acordo com o Exército israelense, fez esforços para minimizar conflitos com civis, mas a ONU e organizações humanitárias se recusam a trabalhar com a GHF, alegando que ela atende a objetivos militares israelenses.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou estar em negociações por uma trégua com o Hamas e espera um acordo em “poucos dias”, com potencial de cessar-fogo de 60 dias. O Hamas exige a retirada israelense de Gaza e garantias para um cessar-fogo permanente.
A guerra, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em 1.219 mortes em Israel e 57.762 palestinos mortos na resposta militar israelense, conforme dados do governo do Hamas.
Nesta sexta-feira, o Exército atacou a Faixa de Gaza, resultando em pelo menos 30 mortos, incluindo pessoas atingidas enquanto aguardavam ajuda humanitária em Rafah.
A situação continua crítica, com relatos de intensos conflitos e destruições na região.