Quatro ex-diretores da Volkswagen são condenados por 'dieselgate'
Ex-diretores da Volkswagen são condenados por envolvimento no escândalo de emissões diesel. O tribunal ainda investiga outros réus, enquanto a empresa enfrenta processos civis relacionados ao caso.
Quatro ex-diretores da Volkswagen foram considerados culpados de fraude no caso "dieselgate", dez anos após o escândalo de emissões que custou mais de 32 bilhões de euros à empresa.
No tribunal regional de Braunschweig, um ex-chefe de desenvolvimento de motores recebeu quatro anos e meio de prisão, enquanto o ex-chefe de tecnologia teve dois anos e sete meses. Duas outras sentenças foram suspensas.
O julgamento, que durou quase quatro anos, não encerra as investigações – quatro outros processos contra 31 réus ainda pendem.
A Volkswagen enfrenta um processo civil de investidores que alegam que a empresa não informou os mercados sobre o software ilegal de emissões.
A promotoria reuniu mais de 75 mil páginas de evidências para identificar responsabilidades dentro da liderança da empresa.
Alguns executivos, como o presidente do conselho, Hans Dieter Pötsch, evitaram julgamento após pagar 9 milhões de euros em 2020. O ex-CEO Martin Winterkorn continua sob processo criminal, mas seu caso foi separado devido a problemas de saúde.
O único diretor sênior condenado, Oliver Schmidt, recebeu sete anos de prisão em 2017. O ex-chefe da Audi, Rupert Stadler, admitiu fraude e recebeu pena suspensa.
A VW afirmou que não esteve envolvida nos processos criminais do julgamento e não espera que o veredicto tenha "consequências significativas" para o processo civil em andamento.