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Quatro exemplos históricos que mostram riscos do intervencionismo dos EUA no Oriente Médio

Análise revela como o intervencionismo americano moldou o Oriente Médio e suas consequências ao longo das décadas. Com exemplos históricos desde os anos 50, a narrativa destaca os desafios que a política externa dos EUA enfrentou na região.

Presidente Trump critica intervencionismo dos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu ao criticar as políticas intervencionistas de seus antecessores durante uma visita a Riad, em maio. Ele afirmou que "construtores de nações destruíram mais do que construíram" e que "os intervencionistas intervieram em sociedades que nem entendiam".

Um mês depois, em 21 de junho, os EUA atacaram instalações nucleares no Irã, evidenciando que o intervencionismo americano continuava. Trump afirmou que o objetivo era "destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã".

Exemplos históricos de intervencionismo

  • Golpe de Estado no Irã (1953): Apoiados pelos EUA, os militares iranianos depuseram o primeiro-ministro democraticamente eleito, Mohammad Mossadeq, em um ato que gerou ressentimento duradouro.
  • Apoio ao Talibã no Afeganistão: Durante a invasão soviética em 1979, os EUA apoiaram o grupo mujahideen, que mais tarde deu origem ao Talibã e à Al-Qaeda.
  • Invasão do Afeganistão (2001): Após os ataques de 11 de setembro, os EUA invadiram o Afeganistão, prometendo estabelecer a democracia, mas o Talibã voltou ao poder em 2021 após a retirada das tropas americanas.
  • Invasão do Iraque (2003): Os EUA invadiram o Iraque sob a justificativa de eliminar armas de destruição em massa, resultando em um caos prolongado e aumentando a violência jihadista.

Waleed Hazbun, professor de Estudos do Oriente Médio, aponta que o apoiamento e a intervenção dos EUA na região não têm gerado estabilidade, e que é vital um enfoque para promover a segurança regional sem imposições militares.

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