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Quatro frentes que o governo Lula atua para reagir ao tarifaço de Trump

Brasil busca ação na OMC contra tarifas dos EUA enquanto Lula considera diálogos com Trump. Diversificação de estratégias inclui criação de comitês para negociações e medidas internas para mitigar os impactos das taxas.

Governo brasileiro aciona EUA na OMC

No dia 6 de agosto, o governo brasileiro procurou os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende discutir uma resposta conjunta com líderes do Brics após Trump anunciar 25% de tarifas sobre a Índia por comprar petróleo da Rússia.

As tarifas, que começaram com 10%, chegaram a 50% e são vistas como uma estratégia política, relacionada ao processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula declarou que não irá se humilhar para falar com Trump, afirmando que só o fará se sentir que o americano está disposto a dialogar. Na véspera, mencionou convidar Trump para a Cúpula do Clima em novembro, mas que a conversa não seria comercial.

Pedido de consulta na OMC

O Brasil solicitou informações à OMC, alegando que as tarifas dos EUA violam compromissos da organização, como o princípio da nação mais favorecida.

Embora a aplicação dessa medida seja política e ineficaz, ela demonstra um esforço em buscar soluções por meio de negociações comerciais.

Diplomacia e negociações

Enquanto Lula e Trump não conversam, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira estão liderando negociações.

Foi criado o Comitê Interministerial de Negociação, que busca acordos com representantes do setor privado e estatal.

Além disso, o governo brasileiro busca impulsionar o acordo de livre comércio com a União Europeia e está avaliando a exploração de minerais críticos em conversas com os EUA.

Medidas internas para mitigar impacto

O ministro Fernando Haddad anunciou um plano contra os efeitos das tarifas, incluindo concessão de crédito para pequenos produtores e aumento de compras governamentais.

Haddad marcará uma reunião virtual com o secretário do Tesouro dos EUA e espera que, dependendo do diálogo, uma reunião presencial possa ocorrer visando um entendimento entre os países.

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