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Que recados visita de Lula à China manda em meio a disputa com EUA?

Lula busca fortalecer laços com a China em meio a tensões internacionais e tarifas impostas pelos EUA. A visita reforça o compromisso do Brasil com o multilateralismo e a diversificação das exportações.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Pequim no dia 11 de maio para sua segunda visita oficial à China desde que assumiu seu terceiro mandato.

Durante a visita, ele se reunirá com o presidente Xi Jinping e participará como convidado de honra da cúpula China-Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

A viagem ocorre em um contexto de tensão internacional entre Estados Unidos e China, com tarifas elevadas impostas por Donald Trump sobre produtos chineses e brasileiros, afetando as expectativas de crescimento econômico mundial.

A diplomacia brasileira reforça que a visita não é uma resposta ao tarifaço norte-americano. O secretário do MRE, Eduardo Saboia, afirmou que a relação com os EUA não é contrária à parceria com a China.

Analistas indicam que a visita de Lula tenta enviar sinais de que o Brasil valoriza o multilateralismo e busca aliados significativos, como a China, em um cenário de possíveis isolações.

Esta viagem também sinaliza que o Brasil tem alternativas em meio à política externa mais isolacionista dos EUA. A parceria Brasil-China é vista como uma opção acionável para o futuro, conforme os especialistas.

Lula tem defendido a importância do multilateralismo e se posicionado contra tensões internacionais, citando suas conversas com líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping.

Além disso, o foco está na diversificação das exportações do Brasil à China, que atualmente se concentram em commodities agrícolas e minerais.

O embaixador Saboia destacou a intenção de ampliar parcerias e projetos de neo-industrialização e transição energética com a China.

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