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Queda na poupança no 1º tri passa 2024 e freia expansão da construção civil, diz CBIC

A captação líquida da caderneta de poupança enfrenta um declínio significativo, refletindo uma fuga de capital e dificultando o financiamento da construção civil. O setor pressiona por uma redução nas taxas de juros para estimular a expansão e viabilizar novos empreendimentos.

Captação líquida da caderneta de poupança no primeiro trimestre de 2025 é negativa em R$ 34,6 bilhões, superando a captação negativa de R$ 21,7 bilhões em 2024, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A fuga de capital impacta a expansão da construção civil, que utiliza recursos da poupança. Desde 2021, os depósitos vêm caindo, com perdas acumuladas de R$ 244,12 bilhões desde 2020, quando a poupança atingiu seu auge com depósitos superando saques em R$ 125,3 bilhões.

A alta da Selic em 14,25% é um fator crucial, resultando em menos depósitos na poupança. O crédito para financiamento torna-se mais caro, dificultando a aquisição de imóveis. Segundo a CBIC, pedidos de financiamento e lançamentos estão em queda, com uma redução de 7% no número de lançamentos em relação ao mesmo período do ano passado.

Os custos do setor, medidos pelo INCC da FGV, subiram 7,54%, superando a inflação oficial de 5,48%. O presidente da CBIC, Renato Correia, alerta que as altas taxas de juros e custos elevados afetam a viabilidade de projetos habitacionais.

Entidades do setor buscam novas alternativas para aumentar a disponibilidade de crédito, visando reduzir a dependência da poupança. Até fevereiro de 2025, apenas 31% do funding era composto por recursos da poupança, uma queda em relação a 38% em fevereiro de 2023.

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