Queda no número de católicos na América Latina será desafio para novo Papa
A Igreja Católica enfrenta um declínio contínuo de fiéis na América Latina, desafiada por escândalos de abuso e a ascensão das igrejas evangélicas. Especialistas discutem as dificuldades que o Papa Francisco encontrou para reverter essa tendência durante seu papado.
Declínio do Catolicismo na América Latina: Em março de 2013, quando o cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa, 67% da população latino-americana era católica. Em 2022, esse número caiu para 54%.
Fatores do declínio: Especialistas citam escândalos de pedofilia, a ascensão de igrejas evangélicas e mudanças sociais devido às redes sociais como razões principais para a perda de fiéis.
Francisco visitou vários países da região, mas a confiança na Igreja caiu significativamente, com apenas 10% dos argentinos se considerando praticantes.
Imagem do Papa: Entre 2013 e 2024, a aprovação a Francisco na América Latina caiu de 7,2 para 5,9, com o Chile registrando a menor nota.
Resposta da Igreja: A Igreja Católica demorou a reagir aos escândalos, e muitos católicos migraram para outras denominações. No Brasil, houve estabilização do número de católicos, que varia entre 40% e 50% da população.
Crescimento evangélico: O percentual de evangélicos subiu de 15% para 19% entre 2013 e 2024, com destaque para Costa Rica e Panamá, onde os números são ainda maiores.
Novas estruturas: Dom Ricardo Hoepers destaca que novos modos de ser católico estão surgindo, especialmente através das redes sociais. A estrutura tradicional da Igreja está em transformação.
Legado de Francisco: O jornalista Silvonei Protz enfatiza a importância da “Igreja de saída”, que busca se aproximar dos fiéis, um movimento que espera continuar com o próximo Papa.