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Quem é Tuta, considerado sucessor de Marcola no PCC e preso pela PF na Bolívia

A prisão de Tuta marca um golpe significativo no PCC, mas especialistas alertam que a estrutura da facção é resiliente e pode minimizar o impacto das perdas em liderança. Enquanto aguarda procedimentos legais na Bolívia, a possibilidade de sua extradição para o Brasil levanta questões sobre o que ele pode revelar sobre o crime organizado.

Polícia Federal, em parceria com a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia, prendeu na sexta-feira (16/5) um brasileiro conhecido como Tuta, membro proeminente do PCC (Primeiro Comando da Capital) e possível sucessor de Marcola.

Tuta estava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, o que facilitou sua localização e captura. A prisão ocorreu após ele apresentar um documento falso em Santa Cruz de la Sierra.

Segundo Rafael Alcadipani, professor da FGV, a prisão “é extremamente importante” para o Brasil, pois Tuta é um dos criminosos mais procurados. Contudo, a estrutura do PCC pode minimizar o impacto dessa prisão nas operações da facção.

A PF afirmou que Tuta é um dos “principais articuladores” de um esquema internacional de lavagem de dinheiro e foi condenado a mais de 12 anos de reclusão. Ele aguarda os trâmites legais para possível extradição ao Brasil.

O promotor Lincoln Gakiya revelou que o PCC enviou ao exterior cerca de R$ 1,2 bilhão. A organização realiza um censo para monitorar seus membros e rivais periodicamente.

Camila Nunes Dias destacou que a transferência de membros para Regime Disciplinar Diferenciado impacta temporariamente as atividades da facção, que busca reposição rápida.

Uma pesquisa DataFolha de 2024 indicou que 14% dos brasileiros sentem a presença de facções criminosas ou milícias em suas áreas, com 20% nas capitais.

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