Quem pisca primeiro? Xi Jinping, líder mais poderoso da China desde MaoTsé-Tung, mira o longo prazo
O confronto entre Donald Trump e Xi Jinping intensifica a guerra comercial, enquanto ambos líderes se posicionam em lados opostos da disputa tarifária. A resposta da China inclui aumentos significativos nas tarifas sobre produtos dos EUA, revelando a pressão econômica que o país enfrenta.
Guerra Comercial: Quem Cederá Primeiro?
A intensa disputa comercial entre Donald Trump e Xi Jinping agora levanta uma questão crucial: quem irá piscar primeiro?
Trump tentou transformar o comércio global com tarifas. Porém, recuou, exceto em relação à China.
Xi Jinping, conhecido por sua resistência, manteve rígidas restrições da Covid e foi firme em seus objetivos industriais. Recentemente, aumentou as tarifas sobre importações dos EUA para 125%, apesar da desaceleração econômica na China.
Durante uma visita do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, Xi afirmou que "não haverá vencedores em uma guerra tarifária" e que a China se baseia em "autossuficiência e trabalho árduo".
Xi se mostra forte, com apoio de aliados e controle social rígido. Comparado à Trump, que deverá deixar o cargo em 2029, Xi pode governar indefinidamente.
A guerra comercial serve para confirmar os alertas de Xi sobre a hostilidade ocidental. A decisão de Trump de excluir outros países de tarifas reforça essa narrativa, permitindo que Xi evite a responsabilidade pelo baixo crescimento econômico.
Apesar da situação, Xi enfrenta descontentamento popular. As tarifas de Trump, que já chegaram a 145%, ameaçam os US$ 400 bilhões em exportações anuais da China para os EUA.
A desaceleração econômica e os fechos de fábricas em Guangzhou são sinais de dificuldades, elevando o risco de desemprego na China.
O desafio maior para Xi é manter o apoio popular diante das dificuldades econômicas. Após a pandemia, a insatisfação com lockdowns provocou um aumento nos protestos. A população pode não estar disposta a um sacrifício econômico.
Analistas acreditam que Xi aceitaria uma saída para o impasse tarifário, desde que haja respeito à igualdade nas relações comerciais. Trump, por sua vez, tem adotado um tom mais amigável em relação a Xi, indicando a possibilidade de um acordo.