Quem são e como agiam os kids pretos, que podem virar réus no STF por golpe de Estado
STF avalia denúncia contra 12 integrantes do "núcleo 3" da tentativa de golpe que buscou manter Jair Bolsonaro no poder. Se aceita, acusados enfrentarão graves charges por crimes contra a democracia e a ordem pública.
Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou julgamento sobre denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 12 integrantes do “núcleo 3” da tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder.
Entre os denunciados, estão 11 militares (ativos e da reserva, incluindo dois generais) e um agente da Polícia Federal.
Se aceitas, as denúncias incluem crimes como:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Organização criminosa armada;
- Dano qualificado;
- Deterioração de patrimônio tombado.
A PGR afirma que a base operacional estava com oficiais das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. Eles são acusados de planejar sequestros e assassinatos de autoridades, incluindo Alexandre de Moraes e Luiz Inácio Lula da Silva.
O general da reserva Estevam Theophilo é citado como central na coordenação da ruptura institucional, agindo sem o conhecimento do então comandante do Exército, general Freire Gomes.
Segundo a denúncia, parte da estratégia incluía provocar instabilidade social para justificar um estado de sítio. O tenente-coronel Mauro Cid revelou que militares das Forças Especiais discutiram a necessidade de causar caos.
Os integrantes do grupo elaboraram a “Carta Aberta aos Oficiais” para obter apoio à ruptura, e houve confirmação de que Jair Bolsonaro sabia da carta. O STF já aceitou as denúncias contra 21 dos 34 acusados no inquérito da PGR, e esta fase pode aumentar o número de réus.