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Quem vai pagar a conta na nova “guerra dos apps”?

Rappi e 99Food adotam estratégia de zerar taxas para competir com iFood no Brasil, inspirados pelo sucesso do Taobao na China. Com investimentos bilionários e foco em revolução do mercado, as plataformas buscam reverter a hegemonia do iFood no delivery.

O eBay dominava o mercado de vendas na China até o início dos anos 2000, com 80% de market share.

Jack Ma, fundador do Alibaba, lançou a Taobao em 2003, zerando as taxas dos vendedores e forçando a saída do eBay três anos depois.

No Brasil, a Rappi e a 99Food estão seguindo o mesmo modelo, anunciando investimentos e isentando taxas de restaurantes.

  • A Rappi investirá R$ 1,4 bilhão até 2028, zerando taxas por três anos.
  • A 99 planeja R$ 400 milhões em 2023, também oferecendo taxa zero por dois anos.

Ambas as empresas buscam competir com o iFood, que detém 80% do market share no Brasil e enfrenta tensões com entregadores.

Bruno Rossini, da 99, afirmou que as condições de mercado mudaram após uma decisão do CADE, permitindo uma nova competição no setor.

Os executivos de Rappi e 99 não acreditam em uma guerra de preços prolongada, mas já consideram uma redução geral no custo de refeições entregues.

Enquanto isso, o iFood mantém sua posição e ampliou vendas sem comissão por meio de assinaturas mensais e soluções de marketing.

A Meituan também anunciou sua entrada no Brasil, com um investimento de US$ 1 bilhão, prometendo revolucionar o setor, assim como Jack Ma fez no passado.

A pergunta persiste: será que essa estratégia de zero taxas é sustentável a longo prazo?

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