Quer investir lá fora? Dólar enfraquecido é janela estratégica para isso
Apesar da queda do dólar, especialistas alertam que a moeda americana permanece essencial para a proteção patrimonial dos brasileiros. A XP Investimentos recomenda a internacionalização do portfólio como estratégia para mitigar riscos e aproveitar oportunidades em momentos de volatilidade.
O dólar está em queda este ano em relação ao real, mas continua sendo uma âncora de proteção patrimonial para brasileiros, segundo a XP Investimentos.
A XP sugere uma alocação mínima de 15% do patrimônio no exterior, considerando o atual câmbio atrativo como uma janela estratégica para diversificação internacional.
A perda de força do dólar resulta de uma combinação de fatores estruturais e conjunturais, como o movimento global de desdolarização parcial. Monedas como o euro e o iene estão ganhando espaço, além de emergentes como o Brasil.
Com a Selic a 15% ao ano e o Fed mantendo os juros entre 4,25% e 4,5%, o Brasil agora possui a segunda maior taxa de juro real do mundo, atraindo investidores em busca de rendimento.
A inflação no Brasil levou o Banco Central a aumentar a Selic, enquanto a cesta de produtos dolarizados torna a internacionalização dos investimentos uma forma de proteger o poder de compra.
Rachel de Sá, da XP, ressalta que, independentemente do marcador do dólar, ele continua essencial para manter o poder de compra no Brasil. Ela enfatiza a importância da diversificação global para equilibrar riscos e oportunidades em tempos de volatilidade.
Diego Correia, da XP, defende que investir no exterior é fundamental para ampliar o horizonte do investidor, oferecendo diversificação geográfica e acesso a ativos indisponíveis na bolsa brasileira.
A XP observa que o Brasil representa apenas 2% dos ativos financeiros globais, e aqueles que investem exclusivamente no país perdem 98% das oportunidades globais.
A internacionalização deve ser feita de forma gradual, levando em consideração o perfil de risco e os objetivos de cada investidor. O ideal é não tentar acertar o timing de entrada, mas integrar a diversificação geográfica como parte da estratégia de longo prazo.