Questões a resolver com os EUA passam por etanol e terras raras, diz Simone Tebet

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, declarou em entrevista à Globonews que o pacote de medidas brasileiras frente à tarifa de 50% sobre exportações aos EUA é uma “reação” e não uma “retaliação”.

A avaliação no Palácio do Planalto é de cautela em relação a uma possível guerra comercial. O presidente Donald Trump afirmou que as tarifas podem ficar entre 15% e 20%.

Tebet acredita que Trump está sendo “induzido a erro” e que o governo Lula não saiu da mesa de conciliação porque não foi convidado. Ela enfatizou que a sobretaxa de 50% visa principalmente Alexandre de Moraes, do STF, e não Lula.

Ela afirmou que Lula está disposto a negociar, mas destaca a importância de um “ponto de partida” claro nas relações com os EUA.

Tebet mencionou que, após 1º de agosto, haverá mais clareza sobre a situação das tarifas e que o foco nas negociações deve incluir etanol e terras raras.

A transferência de tecnologia e ampliação de investimentos são essenciais. A criação de uma política nacional para atrair investimentos em minerais críticos está sendo discutida antes da COP-30 em Belém.

Ela destacou que qualquer acordo deve respeitar as regras ambientais brasileiras e que o Brasil tem muito a oferecer aos EUA, apesar de “portas fechadas”.

Com o pacote de medidas, o governo busca evitar a taxa de 50%, considerando ações como abertura de crédito e medidas antidumping. A ministra acredita que podem oferecer suporte à indústria afetada pela tarifa por até dois anos.

Tebet reafirmou que a democracia e a soberania são inegociáveis nas relações com os EUA e que a regulamentação sobre big techs é fundamental.

Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Fernando Dias