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Ração tóxica mata 245 cavalos e governo interdita fábrica

Ministério intensifica fiscalização após mortes de cavalos devido à contaminação em rações. Empresa Nutratta enfrenta suspensão e investigações sobre a toxicidade de seus produtos.

Contaminação de rações equinas da Nutratta matou 245 cavalos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no dia 13.jul.2025 que a fábrica foi interditada após a contaminação por alcaloides pirrolizidínicos, que afetam o fígado e o sistema nervoso dos animais.

A contaminação foi detectada em amostras analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária e é proibida por lei.

A investigação aponta falhas no controle da matéria-prima, onde resíduos de crotalária foram identificados como causadores da toxina monocrotalina.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, afirmou que este é um caso inédito na história do ministério e que a presença da substância é extremamente perigosa mesmo em doses pequenas.

Todos os cavalos afetados consumiram ração da Nutratta, enquanto os não expostos permaneceram saudáveis.

Um dos mortos era um garanhão premiado avaliado em R$ 12 milhões.

O Mapa instaurou processo administrativo e suspendeu cautelarmente a fabricação de rações. A decisão se estendeu às rações de outras espécies.

Apesar da interdição, a Nutratta obteve autorização judicial para retomar parte da produção, mas o governo recorreu, citando novos riscos.

A Nutratta lamentou as mortes em nota e se comprometeu a colaborar com as investigações, reforçando seus controles internos. A empresa também afirmou a ausência de problemas na linha de nutrição bovina.

O comunicado oficial destaca a solidariedade da empresa ao setor equestre e a busca por transparência e ética nas informações.

A empresa continua disponível para esclarecimentos e afirma que tomará medidas em relação aos laudos técnicos à medida que forem obtidas conclusões.

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