Rachado, PDT rompe com o governo Lula na Câmara, mas permanece fiel no Senado
A decisão do PDT de se tornar independente na Câmara, enquanto senadores mantêm apoio ao governo, reflete uma crise interna agravada pela saída de Carlos Lupi. A divisão no partido sinaliza desafios adicionais para a gestão de Lula em busca de estabilidade na relação com o Congresso.
Crise interna no PDT: A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social intensificou a divisão no partido.
No dia 6 de fevereiro, o PDT anunciou que suas bancadas na Câmara e no Senado estão divididas:
- Deputados romperam com a base aliada do governo Lula e decidiram ser "independentes".
- Senadores mantiveram o apoio ao Palácio do Planalto.
O rompimento ocorreu quatro dias após a demissão de Lupi, que estava sob investigação por fraudes no INSS.
Wolney Queiroz foi nomeado como substituto de Lupi sem consulta à bancada, gerando insatisfação entre os deputados.
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer, afirmou que a decisão de independência foi unânime e que o partido não será oposição direta, mas apoiará pautas de interesse nacional, especialmente na centro-esquerda.
No Senado, Weverton Rocha ressaltou a continuidade do apoio ao governo, apesar da divergência.
A saída do PDT da base governista representa um novo desafio para o governo Lula, que enfrenta dificuldades para manter alianças no Congresso. A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que tentará dialogar com o partido para reverter a situação.
Atualmente, o PDT possui 17 deputados e 3 senadores, e estava na base aliada desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023.
No contexto de mudança, o partido pode considerar uma nova candidatura presidencial para 2026, com Ciro Gomes articulando uma frente de oposição ao PT.