Raízen com início difícil: ações desabam após balanço e se aproximam dos “centavos”
Após a divulgação de resultados trimestrais decepcionantes, as ações da Raízen sofrem queda acentuada no mercado. A empresa enfrenta desafios operacionais e financeiros, incluindo um aumento significativo na dívida líquida.
Ações da Raízen (RAIZ4) desabam mais de 10% nesta quinta-feira (14), após divulgação de resultados. Às 10h23, os papéis caíam 13,33%, a R$ 1,04, com queda superior a 40% no ano.
A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, comparado a um lucro de R$ 1,1 bilhão na safra anterior. O desempenho operacional foi deteriorado.
A XP Investimentos destacou um trimestre desafiador com:
- Aumento da alavancagem, elevando a dívida líquida/Ebitda para 4,5 vezes.
- Ganhos de eficiência operacional considerados não recorrentes.
- Condições climáticas adversas que reduziram volumes de moagem.
- Perdas em estoques na Distribuição de Combustíveis no Brasil.
A empresa está avaliando um possível aumento de capital, com discussões em estágio inicial.
O Bradesco BBI mencionou que o Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão estava em linha com a projeção do banco, mas abaixo do consenso. A divisão de Mobilidade teve destaque com margem de R$ 149/m³, superior à competição.
Por outro lado, a dívida líquida saltou para R$ 49 bilhões, de R$ 34 bilhões no 4T25, devido ao alto consumo de caixa. O BBI revisou suas expectativas, com um novo preço-alvo de R$ 2,00 para 2026, ajustando os parâmetros para refletir a maior dívida e custos, sendo a desalavancagem ainda um desafio.