Ramagem nega ter usado Abin para monitorar autoridades clandestinamente
Alexandre Ramagem se defende de acusações de monitoramento e golpe, ressaltando a falta de provas concretas. O ex-diretor da Abin afirma que suas ações visavam fortalecer a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atualmente deputado federal pelo PL, negou nesta quarta-feira (13) ter monitorado autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro.
Ramagem apresentou suas alegações finais na ação da trama golpista, do qual faz parte junto a Bolsonaro e outros seis aliados. Ele declarou que instaurou procedimentos para investigar o uso de softwares espiões pela Abin.
Segundo Ramagem, as acusações não possuem elementos de prova que demonstrem seu prévio conhecimento sobre as condutas dos servidores da Abin e nega ter compartilhado o documento que alegava fraude nas eleições de 2018.
Ele se posicionou publicamente a favor da segurança do sistema eletrônico de votação, refutando as alegações de envolvimento em ataques às urnas.
Ramagem classificou os eventos do 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram os Três Poderes, como lamentáveis e se defendeu, afirmando que é ilógico acusá-lo de participar de um golpe contra as instituições que ele mesmo foi eleito para representar.
O núcleo crucial, que inclui Ramagem e Bolsonaro, é acusado de golpe de Estado e outras infrações. As alegações de defesa encerram esta semana, e a previsão é que o julgamento ocorra em setembro, podendo resultar em condenações severas.