Ratinho Jr. deu um choque de gestão na Celepar. Agora, vai privatizá-la
Privatização da Celepar ganha impulso com a abertura de data room para investidores. Secretaria de Inovação espera concluir o processo até o fim do ano, após significativa recuperação financeira da empresa.
Governo do Paraná avança na privatização da Celepar, uma govtech com mais de 35 aplicativos que automatizam serviços públicos no estado.
A Secretaria de Inovação e Inteligência Artificial lançou um data room com informações técnicas, financeiras e operacionais da Celepar, disponível para investidores até novembro.
Os interessados devem fazer um depósito caução de R$ 300 mil para acessar os dados. O data room foi criado nove meses após a aprovação da lei estadual que autoriza a desestatização.
O secretário de inovação, Alex Canziani, afirmou que a meta é concluir o processo até o fim do ano, com interesse de players nacionais e internacionais. Segundo ele, a Celepar tem potencial para ser a mais importante govtech da América Latina.
A Celepar, fundada em 1964, viveu um choque de gestão desde 2019, passando a trabalhar com seus próprios recursos e profissionalizando a gestão.
Resultados:
- Crescimento de 75% na receita entre 2021 e 2024, totalizando R$ 495 milhões.
- EBITDA quadruplicado, alcançando R$ 151 milhões.
- A margem líquida foi de 26,8%, superior a empresas como Totvs e Stefanini.
O vencedor da licitação levará R$ 2,6 bilhões em 134 contratos ativos. Metade da receita provém de serviços ao Detran PR, Secretaria da Fazenda e Segurança Pública.
A Celepar também implementou uma plataforma digital para gestão de infrações, reduzindo o prazo de resposta de 750 dias para 7 dias.
O secretário defende a venda alegando que a empresa ainda tem muito potencial a ser explorado. O governo já privatizou uma fatia da Copel e a Compagas, com vistas a vender a Ferroeste em breve.