Reação de redes pesou em recuo sobre IOF; Planalto atuou para decreto sair rápido
A pressão nas redes sociais e no mercado levou o Ministério da Fazenda a revogar rapidamente o aumento das alíquotas do IOF. A mudança foi motivada pela insatisfação geral, que ameaçava ofuscar uma medida orçamentária positiva.
Reação negativa nas redes sociais levou o Ministério da Fazenda a revogar parte do aumento nas alíquotas do IOF pouco depois do anúncio.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) identificou rapidamente essa repercussão negativa entre agentes financeiros e nas redes sociais.
Durante uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou que recuaria na cobrança de 3,5% do imposto sobre remessas de fundos de investimento ao exterior.
A expectativa do governo era elevar receitas em R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões no próximo, mas agora essa projeção está em dúvida.
Houve divergências sobre quando anunciar o recuo. Enquanto Haddad sugeria para a manhã de sexta-feira, Sidônio Palmeira defendia um anúncio imediato.
Com a decisão de anunciar ainda na noite de quinta-feira, Secom e Fazenda elaboraram juntos a nota oficial.
Uma ala do Planalto considerou equivocada a estratégia de anunciar o aumento do IOF junto ao bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025. O bloqueio tinha trazido uma reação positiva do mercado, enquanto o IOF ofuscou esse efeito.
Integrantes do governo destacam a rapidez da atuação do Planalto após perceber a repercussão negativa, garantindo o recuo antes da abertura do mercado na sexta-feira.