Reag sofre busca e apreensão em operação que mira atuação do PCC na Faria Lima
Operação Carbono Oculto revela conexão entre crime organizado e empresas do setor financeiro, com foco na infiltração do PCC em negócios formais. Reag Investimentos, uma das gestoras independentes de destaque na B3, é alvo da investigação que busca desmantelar essa rede ilícita.
Operação Carbono Oculto investiga ação do PCC em negócios da economia formal, incluindo a Reag Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do Brasil, listada na B3.
A operação, a maior da história segundo a Receita Federal, foi realizada em 28 de setembro e contou com 1.400 agentes em oito estados. O foco é desarticular a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis e instituições financeiras.
Investigações revelaram que a facção usa diversos fundos em suas operações. A Reag Investimentos, fundada em 2012, teve um crescimento acelerado, com rendimento passando de um prejuízo de R$ 2,1 milhões em 2023 para um lucro de R$ 2,9 milhões em 2024.
Em janeiro, a Reag estreou na B3 por meio de um IPO reverso ao adquirir a GetNinjas. A operação gerou um processo pela CVM devido à falta de clareza na intenção de assumir a empresa.
A Reag controla diversas empresas financeiras, incluindo:
- Reag Asset Management: gestão de fundos de investimento.
- Reag Administradora de Recurso: carteiras de títulos e valores mobiliários.
- Empírica Investimentos: gestão de R$ 25 bilhões em crédito estruturado.
- Ciabrasf: gestão de fundos e serviços fiduciários, anteriormente parte da GetNinjas.
Além disso, o portfólio da Reag inclui empresas como Rapier, Quadrante, Quasar, Hieron e Berkana, que atuam em nichos específicos do mercado financeiro.