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Real tem recuperação com melhora pontual de cenário, mas ainda é cedo para firmar tendência

O real se destacou entre as moedas emergentes com uma queda de 1% do dólar na sexta-feira, seguindo um aumento no apetite por ativos de risco. Contudo, a volatilidade do câmbio persiste com incertezas políticas e econômicas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

O real destacou-se como uma das melhores moedas na última sexta-feira, impulsionado pelo aumento do apetite por ativos de risco. No entanto, a consolidação de uma tendência sustentável no câmbio ainda é incerta devido a questões como a decisão de política monetária no Brasil e nos EUA na próxima quarta-feira.

Na sexta, o dólar caiu 1%, fechando a R$ 5,7433, com mínima de R$ 5,7117. Essa queda reflete a depreciação global da moeda americana, especialmente em relação aos mercados emergentes, ajudada por notícias de estímulo ao consumo na China e aumento nos preços das commodities. Na semana, a queda acumulada foi de 0,81%.

Localmente, o cenário político com eleições se aproximando e uma avaliação negativa do governo do presidente Lula também influenciaram o câmbio. O fortalecimento das commodities contribuiu para a valorização das ações brasileiras, com a bolsa subindo 2,64%.

No mercado de derivativos, a posição dos investidores estrangeiros em dólar caiu para US$ 49,18 bilhões, a menor desde agosto de 2023. Essa redução diminui a pressão sobre o real, mas não é acompanhada por um aumento na aposta dos investidores locais.

Os estrategistas do J.P. Morgan destacam que a valorização do real está alinhada com outros mercados emergentes e que a guerra comercial de Trump não deve impactar significativamente a moeda brasileira a curto prazo. No entanto, mudanças fiscais futuras poderão gerar volatilidade.

No mercado de juros, as taxas subiram modestamente, sem grandes alterações devido à expectativa da próxima reunião do Copom. A taxa do DI com vencimento em janeiro de 2026 terminou em 14,73%.

Nos EUA, os índices de ações experimentaram ressurgimento após um período de queda. O Dow Jones subiu 1,65% e o S&P 500 2,13%, mas ainda acumulam perdas na semana.

As atenções agora se voltam para a próxima reunião do Federal Reserve e suas diretrizes sobre as taxas de juros, com o Deutsche Bank prevendo que o Fed deve manter as taxas inalteradas, dadas as incertezas atuais.

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