Receitas tarifárias dos EUA disparam com guerra comercial de Trump
As tarifas impostas pelo presidente Trump resultaram em um aumento significativo nas receitas tarifárias dos EUA, com registro de US$ 24,2 bilhões em maio. No entanto, a guerra comercial também causou uma queda acentuada nas importações da China, refletindo tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Receitas tarifárias dos EUA alcançam recorde de US$ 24,2 bilhões em maio, quase quatro vezes maior que no ano anterior. Este aumento é atribuído à tarifa global de 10% do presidente Donald Trump.
Os números representam um crescimento de 25% em relação ao mês anterior, enquanto as importações de bens dos EUA permanecem inalteradas. A guerra comercial pode estar dando um impulso financeiro ao governo.
O projeto de lei de impostos e gastos dos republicanos estende cortes de impostos, mas prevê cortes na saúde pública, aumentando o déficit em US$ 3,4 trilhões na próxima década.
As importações da China caíram 21% em relação ao mês anterior e 43% comparado ao mesmo mês em 2024, indicando um declínio no comércio entre as duas maiores economias. A queda levou as importações chinesas ao seu nível mais baixo em 19 anos.
Trump visa a China para remodelar o comércio global, afirmando que as tarifas trarão manufaturas de volta e enriquecerão o país. Contudo, as receitas tarifárias representam apenas 7,7% do déficit federal de US$ 316 bilhões em maio.
A tarifa básica de 10% é aplicada a quase todas as importações, com exceções para produtos farmacêuticos e semicondutores. Produtos como aço, alumínio e automóveis enfrentam tarifas superiores.
Se as tarifas forem ampliadas após 9 de julho, a taxa tarifária pode se estabilizar em cerca de 15% até 2034, arrecadando US$ 2,2 trilhões, mas resultando em receitas líquidas de US$ 1,8 trilhão devido a reduções em receitas tributárias.
Esses valores são menores que os US$ 3,4 trilhões adicionais à dívida federal esperados pela nova legislação tributária.