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Recuo de empresas dos EUA nos programas de diversidade e inclusão vai além de Trump

Decisões de Trump geram reações polarizadas e reverberam nas políticas de diversidade nas empresas. A reversão dos programas DEI, apesar de promessas de campanha, reflete um movimento mais amplo e pré-existente na sociedade americana.

Presidente Donald Trump revoga programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) na Casa Branca logo após seu retorno, em 20 de janeiro. O decreto encerra ações afirmativas que beneficiavam grupos sub-representados, como mulheres e negros, e revoga um decreto de Lyndon Johnson, que promovia a integração racial.

A secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, afirmou que contratos devem ser baseados em competência e mérito, não em características pessoais. As medidas aqueceram reações adversas de críticos, retratando Trump como um retrocesso às políticas de inclusão.

Embora as decisões atendam eleitores conservadores e grupos que se opõem a DEI, grandes empresas, como Google, Meta e Disney, começaram a revisar ou encerrar suas iniciativas DEI. A mudança é vista como um reflexo do "efeito Trump" e provoca discussão sobre a natureza da mudança nas empresas.

Analistas sugerem que o recuo em DEI é um fenômeno mais amplo, que começou antes das recentas eleições. Companhias como Walmart e Microsoft já vinham adaptando suas políticas desde 2022, com cortes significativos em gastos com DEI.

A Suprema Corte dos EUA também recententemente decidiu contra ações afirmativas nas admissões de universidades, afetando a adoção de políticas semelhantes nas empresas. Esse contexto contribui para uma diminuição na aceitação social e corporativa dos programas DEI.

Iniciativas de boicote contra empresas que promovem ações DEI, como Bud Light e John Deere, aumentaram pressão pública por mudanças. Ao mesmo tempo, surgem propostas de um modelo MEI (mérito, excelência e inteligência), que busca priorizar contratações baseadas em habilidades e mérito.

Em resumo, o retorno de Trump à presidência pode catalisar uma regressão nos programas DEI das empresas americanas, apesar de o evento ser apenas parte de um movimento maior que já tinha começado antes de sua posse.

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