Recuos do governo provocam ruídos e mostram fragilidade de Haddad, dizem economistas
Revogação da alta do IOF para fundos no exterior gera críticas sobre a coordenação da política econômica; especialistas alertam para o aumento da incerteza no cenário fiscal do país.
Revogação da Alta do IOF
O governo decidiu revogar a alta da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para fundos no exterior, que subiria para 3,5% e voltou a ser zero. Essa ação é vista como um sinal de descoordenação na política econômica, conforme especialistas.
O economista André Perfeito afirma que, apesar de a situação ter sido corrigida rapidamente, a fragilidade do ministro Haddad se torna evidente. Ele compara a tributação de fundos de investimento a outras taxas, destacando a frequência das operações.
O economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, ressalta que a comunicação do governo gera ruídos, aumentando a incerteza econômica. Ele alerta sobre o impacto do IOF e a necessidade de um superávit primário de pelo menos 2% para estabilizar a dívida do governo.
Para Jason Vieira, economista-chefe da Lev, a elevação do imposto gerou uma sensação de controle de capitais, enviando sinais negativos e demonstrando descoordenação governamental. Ele critica a falta de cortes e a necessidade de mais medidas para equilibrar as contas.