Redações locais estão usando IA para acompanhar reuniões públicas

Reportagem destaca experiências de estudantes LGBTQIA+ em Michigan desde a presidência de Trump.

Publicada em 7 de março por Hannah Dellinger, a matéria aborda o aumento de discursos de ódio nas escolas após decretos anti-trans. O estudante Sebastian Eaton-Ellison, um jovem gênero-fluido, é o foco principal, compartilhando seus desafios contra o bullying durante reuniões de conselho escolar.

Dellinger se apoiou no LocalLens, uma ferramenta de IA que transcreve e resume reuniões escolares, para descobrir o depoimento de Eaton-Ellison, que destacou: “Ele é uma pessoa que realmente quer se envolver na defesa de seus direitos”.

As ferramentas de IA, incluindo LocalLens, têm se tornado essenciais para jornalistas, permitindo acesso a informações de reuniões que não podem ser acompanhadas em tempo real e ampliando a cobertura local.

Eric Gorski, editor-chefe da redação do Chalkbeat, mencionou que essas ferramentas são um ponto de partida para reportagens, mas não substituem a cobertura direta, enfatizando que é preciso confirmá-las sempre.

O Chalkbeat testou e adaptou sua própria ferramenta interna de IA, recebendo financiamento do American Journalism Project e da OpenAI, visando melhorar a cobertura escolar. A experiência inicial foi positiva, com reportagens que utilizaram insights gerados por IA.

Enquanto isso, o Midcoast Villager estabeleceu uma parceria com a Civic Sunlight para otimizar reportagens através de resumos de reuniões locais, facilitando a cobertura das 43 cidades que atendem.

Embora a automação seja bem-vista por alguns jornalistas, outros expressam ceticismo quanto à IA substituir a investigação humana. Dellinger, uma defensora da tecnologia, acredita que ela ajuda na amplificação de vozes importantes, como a de Eaton-Ellison.

Até agora, apesar de limitações nos resumos automáticos, ambas as redações estão otimistas com o futuro da colaboração entre IA e jornalistas na cobertura de assuntos locais.