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Reduzir juros é sempre bom. Usar FGTS como garantia complica, diz Marcos Lisboa sobre consignado CLT

Marcos Lisboa analisa os desafios do crédito consignado, destacando os riscos associados ao uso do FGTS como garantia. Ele também critica o cenário fiscal do governo, alertando para os problemas estruturais na economia brasileira.

Economista Marcos Lisboa analisa crédito consignado e desafios econômicos do Brasil

Em entrevista à EXAME, Marcos Lisboa, ex-secretário de Reforma Econômica, avalia o crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT) como um programa de “muitos méritos”.

No entanto, ele destaca um ponto crítico: o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para esses empréstimos, onde o trabalhador paga cerca de 40% ao ano, enquanto o FGTS rende apenas 4% ao ano.

O governo anunciou que, em uma semana do programa, foram contratados mais de R$ 1,28 bilhão em empréstimos. A taxa de juros de referência é de 3% ao mês, embora possa variar conforme o perfil de crédito.

Lisboa critica o arcabouço fiscal, afirmando que o governo cria uma “armadilha”, onde o aumento da receita leva a um aumento das despesas. Ele apela para um controle fiscal mais consistente.

Além disso, Lisboa menciona que o teto de gastos, de governos anteriores, promoveu resultados positivos, como a queda da inflação e o crescimento econômico.

Referente à reforma tributária, ele considera que houve uma oportunidade perdida e critica a proposta de isenção do imposto de renda, considerando-a como uma medida populista.

Por fim, Lisboa expressa preocupação com o cenário internacional, especialmente em relação à guerra tarifária promovida pelos EUA, alertando para os riscos de um protecionismo que já afeta o Brasil.

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