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Reequilíbrio global ante tarifaço de Trump reduz impacto no Brasil a um terço do original, diz estudo

Estudo aponta que tarifas dos EUA podem reduzir impacto econômico ao Brasil em até um terço. Apesar disso, o efeito líquido ainda resulta em perdas significativas para o PIB e o emprego no país.

Tarifas dos EUA impactam Brasil e economia global

As tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump afetam não apenas o Brasil, mas também outros parceiros comerciais dos EUA, segundo estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG.

O impacto direto nas exportações brasileiras seria de 0,26 ponto porcentual no PIB, ou US$ 31 bilhões. Contudo, considerando ajustes globais, esse impacto cairia para 0,1 ponto porcentual, ou US$ 12 bilhões.

A metodologia inclui não só tarifas dos EUA, mas também as aplicadas a Japão, União Europeia e China, assim como a retaliação chinesa de 10%.

Setores como máquinas e equipamentos teriam uma perda de US$ 652 milhões, enquanto o setor de grãos de cereais poderia ter um ganho de US$ 72 milhões ao contabilizar a demanda adicional global.

No total, a perda líquida estimada para o Brasil seria de US$ 4,2 bilhões após dois anos. Em termos globais, o PIB mundial deve cair 0,14 ponto percentual, equivalente a US$ 112 bilhões, com o comércio mundial reduzido em 3%, ou US$ 645 bilhões.

Os efeitos das tarifas não se resumem ao setor exportador, afetando renda, consumo e emprego. A força de trabalho brasileira pode perder 188.707 postos de trabalho, com um efeito final de 57 mil ocupações.

O Brasil enfrenta tarifas adicionais de 50%, liderando em taxas altas perante outros países, como Índia, Canadá, Tailândia, Camboja, China e Coreia do Sul.

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