Reforma do IR: oposição rejeita ‘aumento de imposto’ e Centrão sugere alterar texto do governo Lula
O projeto de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil enfrenta resistência no Congresso, especialmente da oposição e do Centrão, que buscam ajustes na taxação dos mais ricos. Apesar das críticas, a proposta é vista como popular e pode ser difícil para os parlamentares se oporem a ela, dada a potencial audiência de 10 milhões de brasileiros beneficiados.
BRASÍLIA – O projeto de lei que isenta contribuintes com rendimento até R$ 5 mil mensais foi apresentado pelo governo Lula em 18 de outubro e enfrenta resistência da oposição e de parte do Centrão.
A proposta, considerada popular, busca apoio de congressistas. Críticas focam na medida compensatória que visa tributar os mais ricos. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, afirmou que é contra aumentar impostos.
Enquanto isso, o governo defende a tributação da "alta renda" como forma de compensar a desoneração do Imposto de Renda. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige medidas de compensação para a criação de renúncias de receitas.
Políticos da oposição, embora reservadamente, reconhecem a dificuldade em se opor a um projeto que beneficia 10 milhões da classe média. O líder do PSD, Omar Aziz, destacou que a disputa será entre ricos e pobres.
O governo busca a formação de uma comissão especial para discutir o projeto, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, indica que o texto deverá ser modificado durante as tramitações. Motta mencionou a prioridade para elaborar uma proposta que atenda ao País.
Críticos alertam que a tributação pode afugentar investimentos. A proposta deve ser debatida e possivelmente votada antes do recesso parlamentar em julho, segundo o deputado Carlos Zarattini, que defende os benefícios para a maioria da população.