Reforma do IR via MP planta semente de recessão econômica grande em 2027, diz ex-IFI
Economista critica Medida Provisória que altera IOF por aumentar insegurança tributária e potencial recessão. Gabriel Barros aponta que governo prioriza arrecadação em vez de corte de gastos, aumentando o risco Brasil.
Gabriel Barros, ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), critica a nova Medida Provisória (MP) que altera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), considerando-a “leviana”.
Para ele, o governo visa aumentar a arrecadação ao realizar uma “ampla reforma do Imposto de Renda” em vez de cortas gastos, o que pode levar a uma recessão em 2027.
Barros destaca:
- Aumento da insegurança tributária.
- Impacto negativo na atração de capital externo.
- Possível aumento no Risco Brasil.
Em entrevista ao InfoMoney, ele analisou a situação:
Complexidade da MP: Muitas mudanças sugere uma reforma mais ampla, devendo ser discutidas como projeto de lei, não por MP.
Aumento de impostos: Reflete fragilidade fiscal, com foco em arrecadação sem cortes de gastos.
Taxação de investimentos: Retirada de isenções pode desestimular o fluxo de capital para setores estratégicos.
Credibilidade fiscal: Falta de credibilidade pode afetar a trajetória da dívida pública.
Previsão de aprovação da MP: Argumenta que a proposta pode ser desidratada no Congresso devido à resistência de setores.
A situação fiscal do Brasil é preocupante e requer uma reavaliação urgente.