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Reformas, mudança estrutural e bônus demográfico: o que explica a resiliência do mercado de trabalho

Surpreendentemente, mesmo com a Selic elevada, o Brasil mantém uma taxa de desemprego historicamente baixa. Especialistas buscam entender as razões por trás deste fenômeno atípico na economia nacional.

Desemprego no Brasil se mantém baixo, desafiando expectativas econômicas. Apesar da taxa Selic acima de 15% e previsões de desaceleração econômica, a taxa de desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho.

Falta consenso sobre a razão para essa resiliência. Especialistas sugerem que isso pode estar ligado a mudanças estruturais no mercado de trabalho, reformas trabalhista e previdenciária, e incentivos fiscais.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, revela que é difícil explicar o dinamismo da economia brasileira frente a altas taxas de juros. Em comparação, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros reais do mundo.

Analistas destacam o impacto da pandemia, que afetou a taxa de participação da população no mercado de trabalho. Solange Srour do UBS aponta que as transferências de renda têm inibido o retorno ao emprego.

O economista Mansueto Almeida admite que o emprego está crescendo apenas em alguns setores, como saúde e tecnologia. Enquanto isso, outras áreas já sentem a desaceleração.

A reforma trabalhista e fatores demográficos também são citados como possíveis explicações para o baixo desemprego. A estrutura do mercado de trabalho está mudando, com um aumento no número de trabalhadores informais e no uso de tecnologia.

O futuro do mercado de trabalho no Brasil permanece incerto, com analistas prevendo que a taxa de desemprego deve ficar entre 7% e 7,5%.

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