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‘Refresco fiscal com a situação do país não soa muito bem', diz Mendonça de Barros

Economistas analisam pacote de medidas para compensar impacto da sobretaxa dos EUA sobre exportações brasileiras. Apesar de avaliarem ações como positivas, há preocupações com o custo fiscal e a eficácia das medidas.

Pacote de medidas: Avaliado positivamente por economistas devido à sua intenção de mitigar os efeitos da sobretaxa dos EUA sobre as exportações brasileiras, mas com preocupações fiscais.

José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica, observa que medidas como a ampliação do Reintegra não parecem adequadas. Já Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, critica a exclusão de gastos das regras fiscais no pacote.

Impacto macroeconômico: O pacote gerará um efeito modesto de apenas 0,1 ponto percentual na economia nos próximos dois anos. No entanto, empresas impactadas por tarifas de 50% podem sofrer perdas significativas.

Riscos financeiros: Exportadores, vulneráveis por cancelamentos de pedidos, enfrentam dificuldades financeiras devido ao financiamento de operações já comprometidas.

Subsídios: Existe um receio de que os refrescos fiscais do Reintegra se tornem insustentáveis fiscalmente. Idealmente, cortes em outros gastos deveriam compensar os subsídios.

Compras governamentais: Descrença nas capacidades do governo em fazer compras eficientes, com histórico de falhas, como na compra de arroz durante enchentes.

Medidas de crédito: Importantes para apoiar empresas afetadas pela tarifaça, mas detalhes ainda estão pendentes e podem ser alterados no Congresso.

Alocação de recursos: Tendência de recursos fluírem para empresas maiores, embora o Reintegra favoreça pequenas e médias empresas com maiores rebates.

Oportunidades: Apesar do desafio da sobretaxa, há espaço para aumentar a abertura econômica e buscar novos mercados, especialmente na Ásia, enquanto as exportações para os EUA diminuem.

Resumo: O pacote visa dar suporte às exportações, mas gera preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e a eficácia nas compras governamentais.

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