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Regime da Venezuela diz ter negociado saída de opositores que estavam asilados em embaixada

Ministro venezuelano confirma negociação para saída de opositores asilados na embaixada da Argentina. O governo dos EUA considera a operação um resgate bem-sucedido, deixando o regime de Nicolás Maduro surpreso.

Diosdado Cabello, ministro do Interior da Venezuela, anunciou que a retirada de opositores asilados na embaixada da Argentina em Caracas foi fruto de uma negociação. O grupo foi levado para os Estados Unidos.

A declaração de Cabello contradiz a oposição, que afirmou que o regime de Nicolás Maduro foi pego de surpresa.

Na véspera, o governo de Donald Trump revelou ter realizado uma "operação precisa" para resgatar os opositores. Eles estão seguros em território americano, segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, que também não forneceu detalhes sobre a retirada.

Os opositores estavam no local desde março de 2024, após serem acusados de conspiração pela Procuradoria venezuelana. A embaixada, sob custódia do Brasil desde agosto, foi cercada por agentes do regime, com relatos de cortes de água e energia.

Cabello corrigiu o número de pessoas que deixaram a representação, afirmando que foram quatro e não cinco, como divulgado anteriormente. A identidade dos opositores não foi revelada.

A principal coalizão opositora celebrou a operação como uma "operação internacional de resgate". O comunicado agradece a Donald Trump, Marco Rubio e Javier Milei, presidente da Argentina.

O Brasil, embora responsável pela custódia da embaixada, não participou da operação, segundo fontes diplomáticas. O Itamaraty informou que tentou negociar um salvo-conduto.

Enquanto estavam no local, os opositores denunciaram cercos da polícia política e cortes de serviços essenciais. A sensação de medo era constante, conforme relatou um dos opositores, Pedro Urruchurtu.

Cabello também mencionou que a mãe da líder opositora María Corina Machado, Corina Parisca de Machado, de 85 anos, deixou o país e chegou a Bogotá, Colômbia. María Corina permanece escondida, denunciando vigilância e perseguições pelas forças de segurança.

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