Regulação deve aumentar uso e confiança nas 'criptos de dólar', afirmam especialistas

Stablecoins ganham relevância no mercado, representando 80% do volume total transacionado em criptomoedas no mundo. O destaque foi feito por especialistas no Anbima Summit, em São Paulo, no dia 25 de outubro.

Definição: Stablecoins são criptomoedas lastreadas em ativos reais, como moedas fiduciárias ou commodities. Diferente do bitcoin, são vinculadas a ativos reais.

Atualmente, 90% das stablecoins são de dólar, com mais de US$ 260 bilhões em capitalização e US$ 28 trilhões transacionados no último ano.

Uso: Stablecoins são empregadas por pessoas e empresas para remessas internacionais e pagamentos, oferecendo transferências em tempo real e custos reduzidos em comparação aos métodos tradicionais.

Especialistas apontam que a falta de regulamentação tem dificultado a adoção dessas criptomoedas. A regulação é vista como crucial para aumentar a presença das stablecoins no cotidiano.

No Brasil, o Banco Central está desenvolvendo uma regulamentação específica e lidera ações para trazer mais segurança ao mercado cripto.

O futuro: Especialistas preveem que, com regras claras, "todo mundo vai usar" stablecoins, aumentando a adoção entre empresas e melhorando a transparência no setor.

A discussão sobre a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações com criptos de dólar está em andamento. O Congresso dos EUA aprovou o Genius Act, regulamentando a emissão de stablecoins com requisitos de lastro e auditoria.

Mas críticas à autorregulação surgem, já que a falta de regras claras pode levar a crises como a de TerraUSD em 2022, resultando na falência de várias plataformas.

Conclusão: A regulamentação é vista como fundamental para garantir transparência e segurança, promovendo o crescimento sustentável das stablecoins.