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Regularizar fila do INSS pode custar pelo menos R$ 14 bi, indicam estimativas

Governo enfrenta pressão fiscal ao adiar pagamentos de benefícios previdenciários, enquanto fila do INSS continua a crescer. Projeções indicam que regularizar backlog pode custar até R$ 19 bilhões, aumentando a dívida pública.

Regularização da fila do INSS pode custar ao governo brasileiro R$ 14 bilhões.

Técnicos calculam que o montante reflete os pedidos represados e a média de benefícios. Esse valor também representa o quanto o governo deixou de gastar devido à espera dos segurados.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva está adotando medidas para segurar a fila e limitar gastos com benefícios, priorizando a análise de revisões de benefícios já concedidos em 2024.

Os ofícios do INSS indicam que o governo não está represando benefícios, embora essa estratégia alivie o orçamento temporariamente, adiando pagamentos que precisam ser feitos quando os pedidos forem analisados.

A fila possibilita gastos retroativos, com juros, conforme acordos judiciais. Atualmente, o estoque é de 2,44 milhões de benefícios, uma queda em relação ao pico de 2,71 milhões em março.

Segundo projeções, a regularização em três meses poderia gerar gastos de R$ 13,74 bilhões neste ano. A regularização gradual ao longo de cinco meses poderia resultar em pelo menos R$ 10,7 bilhões.

A XP Investimentos estima que o impacto anual da redução da fila seja de R$ 19 bilhões, considerando a adição de 662 mil novos beneficiários.

Os economistas alertam para a necessidade de um bloqueio adicional de R$ 7 bilhões no orçamento de 2025, devido ao crescimento das despesas obrigatórias.

Em 2024, os gastos previdenciários excederam em R$ 29,9 bilhões o valor orçado. O início de 2025 apresenta uma desaceleração temporária das despesas, mas a tendência de crescimento pode se repetir se a fila for revertida.

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