Rei dos alimentos importados, azeite foi o líder em falsificações em 2024
Operação do Ministério da Agricultura apreende mais de 112 mil litros de azeite adulterado em 2024. Fraudes incluem misturas com óleos mais baratos e falsificação de rótulos de azeite extravirgem.
O azeite de oliva, um dos produtos da cesta básica, teve imposto de importação zerado pelo governo federal e foi o líder de falsificações em 2024, segundo o relatório do PNFraude do Mapa.
O documento revelou que 112,3 mil litros de azeite adulterado foram apreendidos, principalmente na "Operação Getsêmani", com mais de 104 mil litros retirados do mercado, causando perda de R$ 8,1 milhões aos fraudadores.
As fraudes comuns incluem misturas com óleos vegetais mais baratos e falsificação de azeite extravirgem. O Brasil consome cerca de 100 milhões de litros por ano, com 99,5% importados.
Renato Fernandes, presidente do Ibraoliva, destaca que embora o combate às fraudes avance, é necessário intensificar a fiscalização sobre a venda errônea de azeite virgem como extravirgem.
A importação de azeite extra virgem foi de 65 mil toneladas em 2023, com aumento nos gastos de US$ 363 milhões para US$ 665 milhões no último ano. Aumento de preço é resultado de secas severas em produtores como Portugal e Espanha.
Nos últimos 12 meses, o azeite teve alta de 17,24% nos preços e o governo zerou temporariamente a alíquota do imposto de importação de 9%. Fernandes critica essa medida como um desestímulo à produção nacional.
A produção nacional é cerca de 500 mil litros anuais, com 350 produtores no Rio Grande do Sul. O azeite é classificado em várias categorias, sendo o extra virgem o de melhor qualidade.
Recentemente, o óleo de bagaço de oliva da marca Olitalia viralizou nas redes sociais por seu preço elevado de R$ 39,99.