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Reino Unido assina acordo para devolver arquipélago de Chagos às ilhas Maurício

Acordo histórico entre Reino Unido e Maurício garante devolução do arquipélago de Chagos, mantendo base militar em Diego Garcia. Enquanto o primeiro-ministro britânico defende a decisão como vantajosa para o país, a oposição critica os altos custos envolvidos e os impactos na segurança nacional.

O governo do Reino Unido anunciou, nesta quinta-feira (22), a assinatura de um acordo para a devolução do arquipélago de Chagos à República de Maurício, mantendo uma base militar em Diego García.

O primeiro-ministro Keir Starmer informou que a Justiça britânica rejeitou um último recurso que impedia o acordo. O primeiro-ministro de Maurício, Navin Ramgoolam, celebrou a decisão como uma "grande vitória".

O juiz que tratou do caso destacou que não haveria mais medidas provisórias, pois o prolongamento da suspensão prejudicaria o interesse público.

Após anos de negociações, Londres aceitou reconhecer a soberania de Maurício sobre Chagos, garantindo a base militar comum com os EUA na ilha estratégica de Diego García.

O acordo foi adiado pela mudança de governo nos EUA e em Maurício, sendo finalmente aceito em abril durante o governo Trump. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, elogiou o pacto por garantir a segurança regional.

O acordo estipula que o Reino Unido pagará 101 milhões de libras (cerca de R$ 764 milhões) anualmente à Maurício por 99 anos, totalizando um custo líquido de 3,4 bilhões de libras (R$ 25,7 bilhões).

Oposição política criticou o acordo, argumentando que ele é custoso e contraria os interesses nacionais. O Partido Conservador afirmou que prejudica a segurança do país.

As ilhas Chagos foram separadas de Maurício em 1965 e os habitantes foram expulsos. Em 2019, a Corte Internacional de Justiça recomendou a devolução do arquipélago. Durante a audiência, manifestantes protestaram em Londres contra o acordo.

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