Reino Unido terá força aérea nuclear pela primeira vez desde a Guerra Fria
Reino Unido reativa capacidade de dissuasão nuclear aérea em resposta à crescente ameaça russa. A compra dos jatos F-35A permitirá aumento no poder militar britânico durante períodos de crise.
Reino Unido retoma política nuclear da Guerra Fria com a aquisição de 12 jatos F-35A dos EUA, capazes de lançar bombas atômicas. O anúncio foi feito em 25 de outubro, durante a cúpula da Otan.
O reforço do poder aéreo permitirá ao Reino Unido equiparar-se à França e facilitar ações em caso de crise. O país também se junta à missão nuclear aérea da Otan, usando bombas americanas B61 armazenadas na Europa.
Atualmente, sete membros da Otan, incluindo a Alemanha e a Itália, têm aeronaves com capacidade de transportar ogivas nucleares. O Reino Unido opera jatos F-35B, mas estes não podem lançar armas nucleares.
O governo britânico justifica a compra afirmando que é necessário se preparar para uma possível ameaça direta. Essa decisão foi antecipada em uma revisão de defesa que identificou a Rússia como uma ameaça grave.
O Reino Unido enfrenta um exército menor que em qualquer outro momento desde a era napoleônica e está investindo em recrutamento e em gastos militares. O premiê, Keir Starmer, afirmou que é crucial investir em segurança e equipar as forças armadas.
Entretanto, críticos questionam como esses gastos militares serão financiados, considerando as dificuldades econômicas e os altos custos de vida enfrentados pela população britânica.