Relator amplia PEC da Segurança Pública após morte de ex-delegado-geral de SP
Polêmica no Congresso após assassinato de ex-delegado inspira propostas para endurecer combate ao crime organizado. Deputados discutem medidas para proteger autoridades e organizar novas diretrizes de segurança pública.
Assassinato de ex-delegado repercute no Congresso
O assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, impactou a comissão da Câmara que analisa a PEC da Segurança Pública.
O relator, deputado Mendonça Filho (União-PE), propôs medidas como:
- Dificultar a progressão de regime para líderes de facções;
- Confisco antecipado de bens;
- Prisão em segunda instância antes do trânsito em julgado;
- Anonimato para juízes em casos de crime organizado.
Mendonça Filho busca "desideologizar" o debate e afirmar que a proposta atual é insuficiente diante do avanço do crime organizado no Brasil.
Detalhes do assassinato
Fontes foi emboscado e executado por homens armados, após ter investigado o Primeiro Comando da Capital (PCC). Três semanas antes de sua morte, ele relatou falta de proteção do Estado.
Reunião com o ministro da Justiça
Na audiência pública, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi questionado sobre medidas contra o crime organizado. Ele planeja um projeto de lei para cortar o fluxo financeiro das facções e proteger policiais.
Projetos em discussão
A Câmara discute propostas sobre a proteção de autoridades ameaçadas, incluindo:
- Escolta a autoridades em risco, proposta por Senador Sergio Moro (União-PR);
- Uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para proteção, sugerido pelo deputado Delegado Palumbo (MDB-SP).
Implicações constitucionais
As propostas podem afetar direitos da Constituição, como:
- Presunção de inocência;
- Individualização da pena;
- Direito de conhecer o acusador.
Mendonça Filho afirma que é necessário tratar líderes do crime organizado de maneira distinta de delitos menores.