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Relatora da ONU diz que empresas lucram com “genocídio” em Gaza

Relatório da ONU denuncia corporações por lucros gerados em meio a genocídio em Gaza. Francesca Albanese exige responsabilização e sanções contra Israel e empresas envolvidas nas violências.

Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, apresentou um relatório ao Conselho de Direitos Humanos pedindo a responsabilização de corporações globais por “lucrar com o genocídio” em Gaza.

O relatório, intitulado “Da economia de ocupação à economia de genocídio”, foi divulgado no dia 30 de junho de 2025 e recomenda sanções e embargo de armas contra Israel.

Albanese menciona como corporações internacionais fornecem armamento e maquinário pesado utilizado em operações israelenses em Gaza e na Cisjordânia. O documento destaca que empresas multinacionais se beneficiam financeiramente do conflito.

Não é a primeira vez que a relatora classifica as ações israelenses como genocídio. Ela denunciou Israel à CIJ em março de 2024 e declarou: “Você não precisa de um cientista para estabelecer o que é genocídio. Você só precisa conectar os pontos.”

A ofensiva israelense, iniciada em outubro de 2023, resultou em mais de 56.000 mortes de palestinos, segundo o ministério da saúde de Gaza. Albanese citou a morte de quase 60.000 pessoas e a destruição de 80% das casas na região.

O relatório também menciona o Fundo de Pensão do Governo da Noruega, que aumentou investimentos em empresas israelenses em 32% desde outubro de 2023, e a participação de grandes bancos mundiais na emissão de títulos do tesouro israelense.

A relatora critica a cumplicidade corporativa e aponta a empresa Palantir por colaborar com as Forças de Defesa de Israel. Ela pede sanções e investigações sobre executivos corporativos por crimes internacionais.

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