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Relatório da PF aponta Carlos Bolsonaro como idealizador da 'Abin paralela' e do 'gabinete do ódio'

Carlos Bolsonaro é acusado de liderar um esquema de inteligência paralela na Abin, segundo relatório da Polícia Federal. O documento detalha como o vereador utilizou informações privilegiadas para difundir desinformação e proteger interesses políticos.

Vereador Carlos Bolsonaro (PL) é descrito como o “idealizador” de um esquema de inteligência paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo um relatório da Polícia Federal. O documento foi tornado público hoje.

O esquema, que ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro, era comandado pelo delegado Alexandre Ramagem, diretor da Abin entre 2019 e 2022. Ele teria fornecido informações de inquéritos policiais para assessores de Carlos, que foram usadas para desinformação contra o Judiciário e para investigá-los.

A entrevista do advogado Gustavo Bebianno em março de 2020 é a base para a responsabilização de Carlos. Ele alegou que o vereador queria criar uma estrutura paralela na Abin.

A assessora de Carlos, Luciana da Silva Almeida, servia de ponte entre o vereador e a Abin. Mensagens em seu celular mostram pedidos de informações sobre inquéritos da Polícia Federal. Apesar disso, não há evidências de que Ramagem atendeu a solicitação.

Além disso, Luciana guardava um inquérito sobre a invasão de sistemas do TSE, usado em uma live de Bolsonaro em agosto de 2021. O relatório não esclarece como ela teve acesso ao documento.

A investigação revela que Luciana prestava serviços de contabilidade para Carlos e o Gabinete do Ódio, incluindo uma remessa de US$ 10 mil aos Estados Unidos, alegadamente por previsão de uma derrocada econômica.

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