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Relatório da PF aponta que intenção de Eduardo Bolsonaro não era anistia para todos, mas salvar o pai

PF revela que diálogos entre Jair e Eduardo Bolsonaro indicam busca por impunidade, não anistia. Investigação resulta em indiciamento dos dois por tentativa de obstrução da Justiça.

A Polícia Federal (PF) concluiu, após análises de diálogos do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, que a movimentação de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos visava impunidade para o pai, não uma anistia ampla para os condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023.

O inquérito investiga a tentativa de Bolsonaro de interferir em um processo sobre uma suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um relatório da PF, com mensagens de 7 de julho, indica que as conversas de Eduardo com Jair evidenciam interesses pessoais em garantir a impunidade de Jair na ação penal em curso, em vez de buscar anistia.

A investigação levou ao indiciamento de Jair e Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de obstrução do exercício dos poderes constitucionais.

Eduardo atuou com autoridades norte-americanas para tentar obter sanções contra agentes públicos brasileiros, alegando perseguição política contra seu pai.

Após o descumprimento de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar em 4 de agosto.

O julgamento de Bolsonaro e outros réus sobre a trama golpista está previsto para 2 de setembro.

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