Relembre os principais pontos da delação de Mauro Cid no caso Bolsonaro
STF dá início à análise da denúncia contra Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado. Delação de Mauro Cid revela detalhes explosivos sobre a articulação da trama e possíveis ações violentas contra líderes do governo.
Supremo Tribunal Federal (STF) começa, nesta terça-feira (25), a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e sete aliados.
Acusados de tramar um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, eles enfrentam acusações de:
- Organização criminosa
- Golpe de Estado
- Dano ao patrimônio público
- Deterioração de patrimônio tombado
A denúncia se baseia em um relatório da Polícia Federal (PF), que indica Bolsonaro como o líder do grupo que planejou as ações contra Lula.
Embora o plano não tenha avançado, a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fornece detalhes cruciais, revelando:
- A elaboração de uma minuta de decreto para declarar um “estado de defesa” e impedir a posse de Lula.
- Que Bolsonaro convocou chefs militares para discutir a minuta, embora eles se recusassem a apoiá-la.
- Um suposto plano de assassinato contra Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, denominado “Punhal Verde”.
Durante um comício em fevereiro de 2024, Bolsonaro confirmou a existência da minuta, mas alegou que não se tratava de um golpe.
Outros membros do “núcleo golpista” de Bolsonaro também estão envolvidos na organização financeira do golpe.
A defesa de Bolsonaro contesta a delação de Cid, alegando coação durante o depoimento e questionando a parcialidade do ministro Alexandre de Moraes.
A situação reacende o debate sobre a legitimidade das delações premiadas, que já havia gerado polêmicas durante a Operação Lava Jato.