Relógios de luxo na mira: Suíça é atingida com tarifas de Trump sobre Rolex e Swatch
Suíça enfrenta tarifas de 32% para exportações aos EUA, surpreendendo o governo e afetando setores como o de luxo. A situação leva empresas a buscar estratégias para minimizar impactos e diversificar mercados.
Suíça enfrenta tarifas de 32% sobre exportações para os EUA, superando vizinhos europeus e levantando preocupações em setores-chave.
A tarifa imposta é muito mais alta do que os 20% da UE e triplo do nível de 10% aplicado ao Reino Unido.
O governo suíço criticou a medida como “incompreensível”; empresas buscam soluções para proteger seus negócios. Pascal Forrer, CEO da Rego-Fix, destaca preocupações com a desaceleração da economia dos EUA e possíveis quedas nas vendas.
Produtos farmacêuticos têm alívio temporário, mas tarifas afetam itens como instrumentos de precisão, chocolate e artigos de luxo. Estrategistas preveem redução significativa na demanda por relógios americanos, impactando marcas como Rolex e Swatch.
As ações da Suíça caíram, com o índice SMI recuando 1,5%. A Logitech International teve uma queda de 16%, a maior do Stoxx Europe 600.
Trump focou na UE, acusando-a de desvantagem comercial, mas a Suíça foi incluída em uma lista por práticas desleais. A secretária de Estado Helene Budliger Artieda defendeu o país em conversas recentes.
Simon J. Evenett, da IMD, afirmou que a Suíça é a maior perdedora da Europa Ocidental, mas a indústria farmacêutica representa metade das exportações suíças e pode eventualmente ser afetada.
A Roche e a Novartis estão considerando investimentos adicionais nos EUA para atender às demandas do mercado. A Sonova mantém flexibilidade na produção.
Aumento dos fluxos de refúgio para o franco pode levar à intervenção do banco central, expondo a Suíça a novas acusações de manipulação de moeda.
Petra Tschudin, do Banco Nacional Suíço, expressou surpresa com o alto valor das tarifas, sem comentar sobre a valorização da moeda.
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