Remessas de pacotes da China para os EUA cai 40% em maio após aumento da 'taxa das blusinhas'
A nova política tarifária dos EUA causa uma drástica redução nas remessas da China, afetando especialmente empresas de e-commerce. A medida, que elimina isenções de tarifas para pacotes menores, pressiona tanto grandes marcas como pequenas empresas dependentes desse modelo de negócios.
Aumento de tarifas dos EUA sobre pequenas remessas da China resultou em queda significativa no comércio bilateral em maio, afetando empresas como Shein e Temu.
As remessas para os EUA caíram para pouco mais de US$ 1 bilhão, um declínio de 40% em relação ao ano passado, o menor valor desde o início de 2023.
A mudança de política, que eliminou uma antiga isenção tarifária, complicou os negócios para varejistas que dependiam desse modelo para entregar produtos sem tarifas.
Wang Yuhao, empreendedor da empresa de incensos Shantivale, afirmou que a ausência da isenção resultará em preços mais altos e menos opções para os consumidores.
As novas tarifas e taxas significam uma perda de US$ 2 por encomenda, forçando Wang a mudar para remessas em massa e a investir em estoque e armazenamento.
A isenção anterior permitia pacotes avalizados em até US$ 800 sem impostos, mas, desde 2 de maio, tarifas de até 54% foram impostas às encomendas da China e Hong Kong.
A Shein já aumentou seus preços nos EUA, enquanto ambas as empresas registraram quedas de vendas de dois dígitos após o aumento das tarifas.
Apesar da queda, os EUA continuam sendo o maior destino de pequenas encomendas da China, seguidos pela Malásia, que recebeu mais de US$ 700 milhões em remessas.
No cenário global, as remessas de pequenas encomendas aumentaram 40% em maio, com destaque para Bélgica, Coreia do Sul e Hong Kong como grandes destinos.