Remuneração variável cresce em estatais, mas ainda é menor do que no setor privado, diz estudo
Estudo revela que, apesar do aumento da remuneração variável em estatais, salários ainda são inferiores aos das empresas privadas. Pesquisadores apontam a necessidade de incentivos para atrair e reter talentos nas companhias públicas.
Crescimento da remuneração variável é observado entre diretores e CEOs de empresas estatais, mas ainda menor que em companhias privadas.
Um estudo do Insper e do BID revela que, no setor privado, a remuneração fixa representa 59% dos ganhos de CEOs, enquanto nas estatais, o mesmo percentual é de apenas 59%. Este número é consistente também para os diretores estatutários.
O estudo aponta que, a partir de 2016, a remuneração fixa das estatais diminuiu em termos reais, enquanto a remuneração variável aumentou. Segundo Thomaz Teodorovicz, um dos pesquisadores, esse pagamento variável serve como incentivo para cumprimento de metas, que incluem retornos econômicos, políticas públicas e objetivos políticos.
Diferenças salariais foram constatadas: para diretores de estatais, os ganhos mensais são entre R$ 92 mil e R$ 131 mil inferiores aos das privadas, e para conselheiros, a diferença é de R$ 13 mil a R$ 23 mil.
Diretores de estatais têm remuneração 48,5% menor que os de companhias abertas quando comparadas empresas do mesmo porte. A análise sugere que atrair talentos é crucial para a viabilidade econômica das estatais.
O BID declara que o objetivo do estudo é apoiar discussões sobre a atração e remuneração de executivos de estatais, considerando as variáveis envolvidas.