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Remy Cointreau é nova vítima de tarifas e suspende guidance até 2030

Remy Cointreau abandona metas de vendas de longo prazo devido a desafios nas tarifas e recuperação lenta do mercado americano. A empresa enfrenta ainda a pressão de cortes de custos e mudanças na liderança executiva.

Rémy Cointreau retirou seu guidance de vendas de longo prazo, citando políticas tarifárias nos EUA e na China e a lenta recuperação do mercado americano.

A fabricante do conhaque Remy Martin abandonou suas metas para o ano fiscal de 2029/30 após nomear um novo diretor executivo.

Para este ano, o crescimento orgânico das vendas deve retornar a uma taxa média de um dígito, dependendo das tarifas.

As ações subiram 4,4% no pregão de Paris, revertendo quedas iniciais, com investidores sinalizando otimismo sobre a recuperação nos EUA.

  • Em um ano, as ações caíram 43%.
  • Eric Vallat, CEO, afirmou que “chegamos ao fundo do poço”, acredita que a fase difícil já passou.

A Remy enfrenta desafios, como a suspensão de canais de vendas isentas de impostos na China e a possibilidade de aumento das tarifas comerciais nos EUA.

O lucro operacional orgânico caiu cerca de 31% no ano encerrado em março.

Potenciais aumentos de tarifas podem impactar o lucro operacional em 100 milhões de euros, mas a empresa espera mitigar 35% desse valor.

Sem aumento de tarifas, a expectativa é de um aumento no lucro operacional de pelo menos um dígito alto.

A Rémy Cointreau também está cortando custos, reduzindo sua força de trabalho em 9%.

O novo CEO, Franck Marilly, assumirá no final do mês e definirá sua própria estratégia, após a saída de Vallat.

A retirada da meta não surpreendeu analistas, que acreditam que a nomeação de Marilly poderá facilitar negociações com a China.

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